Tivemos o privilégio de assistir no final da semana passada a um duelo de titãs. No canto esquerdo do ecrã, de azul-escuro com um colar de malmequeres brancos e a cara inchada de um combate recente, MMG. No canto direito de castanho escuro e açaime triplo, o regressado aos ringues mediáticos, MP.
Após uma troca vigorosa de golpes ambos os lutadores encontravam-se na plenitude das suas forças. MP contrariou, e bem, os prognósticos da imprensa desportiva, que lhe antevia um final de combate breve e doloroso. Mostrou que as suas esquivas e o jogo de pés estão melhor do que nunca. A intratável MMG foi incapaz de o pôr à sua mercê.
Round após round os lutadores resistiram. MMG continuou a aplicar a sua técnica irresistível de direita-direita-esquerda-jabb. Contudo, foi visível a sua dificuldade em manter a protecção dos dentes no interior da boca. Por vezes, não resistiu e auxiliou com a luva. MP não gostou do anti-jogo praticado pelo adversário e foi rosnando entredentes: "És uma vergonha para a nossa classe." Ao que MMG respondeu "Sigo na íntegra o meu código deontológico".
Após uma batalha vigorosa, plena de paletes de baba, resmas de ranho, camiões de bombas, helicópteros de tiros e arcas frigoríficas de socos nas trombas, os árbitros decidem-se por um empate. Obviamente, o desagrado de ambos os competidores foi notório.
No final, as responsabilidades pela falta de fair-play foram arremessadas de um lado para o outro.
Foi uma história portuguesa, com certeza..Foi, com certeza, uma história portuguesa.
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