Mesmo para um apolítico, por vezes, é difícil resistir à tentação de espetar uma garfada na res publica. Por muitas virtudes que a classe política tenha, há sempre uns, inquestionavelmente, mais “iluminados” que outros. Notável o artigo de opinião de MFL no suplemento de Economia do jornal Expresso relacionado com o enriquecimento ilícito. Nele, a líder social-democrata, critica a posição do Governo acerca desta temática, pois, na sua opinião “ os cidadãos perderiam a garantia de defesa, que só é dada aos Tribunais, e ficariam nas mãos de uma decisão administrativa protagonizada pelo fisco” e, além disto, “ o Estado ao fazer fazer-se sócio do prevaricador, partilhando a receita, regularizaria o ilícito”. Concordo na íntegra com a líder do PSD. Contudo, há uma dúvida que constantemente me assalta.
Qual é a garantia de defesa dos cidadãos em relação ao financiamento partidário? É que, no meu entender, ao falarmos de “enriquecimento ilícito” podemos colocar no final da expressão a palavra “partidário”.
Sobre este tema MFL não se expôs em demasia, vá-se lá saber porquê… Na Assembleia da República aconteceu o nunca visto: o BE ao lado de todos os outros partidos. Quase unanimidade de votos. Apenas um deputado votou contra a nova lei. Vá-se lá saber porquê.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
0 comentários
Enviar um comentário